VCS Centralizados
O quê são sistemas de controle de versão centralizados e distribuídos e quais são as suas diferenças
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O quê são sistemas de controle de versão centralizados e distribuídos e quais são as suas diferenças
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O Git, sistema de controle de versão que iremos utilizar nesse curso, é um sistema distribuído (Distributed Version Control System - DVCS). Para entender a motivação de como o Git foi construído e de como ele funciona, vale a pena conhecer primeiro como era feito antes dele.
A primeira solução para Sistemas de Controle de Versão consistiu em uma arquitetura centralizada, com um único repositório central onde todo o histórico de alterações e versões do código era armazenado.
Pense nesse repositório central como uma pasta gigante que contém todos os documentos do seu projeto. Não só a versão mais recente, mas também todas as versões anteriores e informações sobre cada uma delas. É como se fosse uma pasta que guarda toda a linha do tempo do seu projeto.
Agora, você pode estar se perguntando como várias pessoas poderiam trabalhar nesse projeto ao mesmo tempo. Bem, o repositório central normalmente fica em um outro computador (servidor), para que mais pessoas possam acessá-lo. Caso contrário, todos teriam que compartilhar o mesmo computador.
Cada pessoa que irá trabalhar no projeto precisa fazer uma cópia da versão mais recente para seu próprio computador, fazer suas mudanças e, em seguida, enviar de volta para o repositório central que está no servidor.
Vamos entender como seria o fluxo de trabalho com um exemplo.
Uma pessoa A e uma pessoa B decidem criar um blog. A pessoa A cria uma estrutura inicial do blog em seu computador e envia ("PUSH") essa versão para o repositório central.
A pessoa B se anima com o projeto e também quer contribuir, criando o seu primeiro blog post. Para isso, B precisa ter acesso à versão criada por A, que já está no repositório central no momento. B precisa fazer um "PULL", que nada mais é que fazer uma cópia da última versão do projeto que está no repositório central para a sua máquina local.
Agora, B tem acesso, em seu computador, ao projeto em sua versão mais atual. B escreve seu primeiro blog post e precisa enviar as mudanças de volta para o repositório central, para que A também possa ver o seu belo trabalho. B faz um "PUSH" do seu código, ou seja, envia uma cópia da sua versão para o repositório central
Tudo pronto! Temos no repositório central a versão mais recente do blog, a qual contém o post de B. A versão inicial de A também está lá, guardada caso alguém precise consultá-la para comparar diferenças, ou até mesmo para reverter alguma alteração.
Mas, e se A também estiver empolgado e não conseguir esperar por B? Ao mesmo tempo que B, A começa a escrever seu próprio post. Quando A tenta enviar seu código para o repositório central, percebe que B já enviou antes a sua versão.
E para piorar, A e B modificaram o mesmo arquivo! E agora?
Bom, é aí que entra em jogo umas das principais funcionalidades de um sistema de controle de versão: o auxílio no Gerenciamento de Conflitos. O sistema lida com as mudanças feitas por diferentes colaboradores no mesmo arquivo, evitando conflitos e garantindo uma integração suave das alterações. Isso é feito por meio de um processo chamado 'mesclagem', que combina o trabalho de todos de forma harmoniosa e mantém a consistência do projeto.
Dessa forma, A consegue tranquilamente enviar suas modificações sem comprometer em nada as mudanças feitas por B.
Repositório Centralizado: É o ponto central onde todo o código-fonte e histórico de versões são armazenados. Todos os desenvolvedores trabalham diretamente com este repositório para obter versões atualizadas do código e para enviar suas alterações.
PUSH e PULL: Os desenvolvedores fazem um PULL - "puxam" para si uma cópia do código do repositório central para trabalhar localmente em suas máquinas. Após fazerem suas alterações, eles dão PUSH e mandam suas modificações de volta para o repositório central.
Auxílio no Gerenciamento de Conflitos: Os sistemas centralizados gerenciam as mudanças concorrentes feitas por múltiplos desenvolvedores. Se dois desenvolvedores tentarem modificar o mesmo arquivo ao mesmo tempo, o sistema de controle de versão pode detectar e gerenciar essas conflitos.
Histórico de Versões: Um aspecto fundamental dos sistemas de controle de versão é a capacidade de acompanhar o histórico de alterações em um arquivo ao longo do tempo. Isso permite que os desenvolvedores voltem a versões anteriores do código, se necessário.
Exemplos de sistemas centralizados de controle de versão incluem o Subversion (SVN) e o Microsoft Team Foundation Version Control (TFVC). Embora os sistemas centralizados tenham sido amplamente utilizados no passado, muitas equipes estão migrando para sistemas de controle de versão distribuídos, como o Git, devido à sua flexibilidade, desempenho e recursos avançados que iremos começar a desvendar aos poucos daqui para frente.